Fui desafiada!!!
Conversando com um marceneiro que conheço, falei que tinha feito minha cama e outras coisas e
ele duvidou!!!!!!
Diz que quer ver as fotos - como se a foto viesse com a confirmação de que fui eu que fiz. Então aí está:
Sei que ela não está perfeita, mas tem história.
Quando nós fomos morar no apartamento do Cingapura - sim, já morei em favela ou comunidade, como se diz hoje - nos quartos não cabiam camas suficientes para meus filhos - 4 na época. Se eu colocasse dois beliches, não cabia mais nada. Então "bolei" um sistema de quadriliche, chumbados na parede. Como nós não tiramos fotos na época, não tenho como mostrar.
Quando saímos de lá, levamos as madeiras e com elas construímos a base desta cama.
Por isso as marcas de tinta, os nomes escritos e tal.
São as marcas e lembranças do crescimento dos meus filhos, de tudo que a gente viveu lá.
Não tínhamos todas as ferramentas necessárias e pedimos para um vizinho marceneiro cortar o que era preciso. Ele riu, e disse que nós não iríamos conseguir. Ah, ah, ah.
Bom, depois de dois anos dela construída, resolvi que faltava cabeceira alta, pois a que ela tinha, nem aparecia. Minha filha Raíssa me ajudou na construção e pintura, sob os olhares do meu cunhado Pedro, que dizia que nós éramos duas loucas. Mas saiu, ou não?
E a antiga cabeceira foi parar lá nos pés.
Esta cama é cobiçada por muita gente da família, mas meu marido diz que não tem acordo. Nem com os filhos. Eu já penso numa nova, mas tenho dó de deixar esta.
E o meu criado-mudo feito de caixa de bacalhau que meu marido ganhou (a caixa, não o bacalhau, que estas coisas ninguém dá pra gente).

Acho que ele tem o tamanho ideal para minhas necessidades. Guardo minhas coisas e uso de apoio pela noite e nos momentos de ócio - poucos, mas existe, Graças a Deus!
Ah, estas flores no vasinho foram feitas pela mãe da minha nora, a mesma que fez os noivinhos do bolo do casamento.
O blog dela está sendo finalizado e aí eu dou o endereço.
Algumas pessoas disseram que eu tenho que ir numa loja comprar meus móveis e não fazê-los.
Os da loja são mais chique, mais modernos. Não discordo.
Mas gosto das minhas coisas. Gosto de fazê-las e olhar todo dia para o resultado do meu trabalho, do meu carinho.
Móveis perfeitos? Não.
Mas muito amados.
Espero que gostem, também.
Beijos.